quarta-feira, 28 de julho de 2010

Apresentação

História, Poesia, Ação.


O Poeta Arte-Educador Reginaldo Figueirêdo, diz seus poemas intercalados com as histórias as quais inspiram a produção poética.
Com o desejo de estimular o público a refletir sobre maneira de agir diante a adversidade de situações e comportamentos humanos no cotidiano de cada um de nós.
Acredita que "As idéias podem perder suas forças, mas as vivências produzem marcas que não se apagam".
Na apresentação afirma que as palavras têm segredos, pronunciadas com amor, produzimos alegria, ou aliviamos a dor.



Reginaldo Figueirêdo, Poeta Arte-Educador. Autor dos livros, Vida Continua, A Porta Estreita, tendo sua biografia no livro, Lutas, Vivências e Memórias, poemas publicados nos livros, Poetas Del Mundo e Antologia do Papo Literário. O mesmo é representante do Ceará no Conselho Nacional de Economia Solidária, é um dos Idealizadores do Espaço Cultural Templo da Poesia. Apaixonado pela Vida Poética, comprometido com a Cultura e a Educação. Tendo como maior anseio o desejo de fazer fluir por meio da poesia o amor e o respeito.
Apresentou-se no Espaço Cultural Oboé, no Espaço Cultural Templo da Poesia, Bienal Internacional do livro do Ceará e em algumas cidades dentro e fora do Estado. Esteve na programação Cultural das Paulinas em Maio nos Talentos da Terra.

POLÍTICA?



Na política nos fortalecemos
Sem disputarmos com ninguém
O prestigio e autoridade
É servir, não glorificar-se.

Politicagem é disputa, enganação,
Fingimento de boas maneiras.
É parecer, mas não ser,
Política verdadeira.

Política merece respeito
Pois alimenta a alma,
Organiza a sociedade,
Possibilita união.

Politicagem ilude,
Poe em nível superior,
Tornando indispensável,
Carreirista vazio de valor.

Política é habilidade
Onde a grande autoridade
É servi a sociedade,
Não por ela ser servido.

Reginaldo Figueirêdo

Advertência

Quem vota
Assina procuração
Autoriza outra pessoa
A agir em seu favor
Em busca de solução.

Quem assume esse mandato
Esse encargo, essa missão
Deve ser no exercício
Instrumento em ação.

Todo problema tem solução
Se não tem não é problema
Em contato com a verdade
Soluciona-se qualquer questão.




Preenchendo o coração
De paz, amor e verdade
A boca somente fala
Em paz amor e verdade.

Pelo o amor, pela verdade
O irmão é influenciado
A sair da ilusão
E entrar em comunhão.

Absorvida pela mente
Advertência é compreendida
Só se chega à liberdade
Se a verdade for conhecida.

Já dizia Jesus Cristo,
Há dois mil anos atrás
Quem conhece a verdade
Representante não precisa mais.

Todo ser humano é igual
Assim Deus o criou
Ignorante ou esclarecido
Experimenta a mesma dor.


Reginaldo Figueirêdo

A Fazenda

Vou morar no campo.
Quem pode me ajudar?
Com uma boa idéia, uma oração,
Uma fazenda, Um real, dois, mil,
O que você pode dar?


Não quero conquistar terra
Para eu, ou qualquer outra pessoa
Tornar-se patrão ou patroa.
È para vivenciar.

Irmãos e irmãs desamparados (as)
Em qualquer situação
Com a poesia, voar,
Pisar no chão,
Beber água na fonte,
Comer, morar.


Vou morar no campo.
Quem pode me ajudar?
Com uma boa idéia, uma oração,
Uma fazenda, Um real, dois, mil,
O que você pode dar?

Reginaldo Figueirêdo

terça-feira, 6 de julho de 2010

ENQUANTO ISSO

Queridas pessoas.
Aqui no interior do Ceará a seca castiga, falta água pra beber!
Em Pernambuco, em Alagoas, as enchentes dos rios destruíram cidades inteiras.
Pensando sobre o sofrimento que passam milhares de irmãos e irmãs, Desejo:
Que as cercas e muros sejam implodidos em nossas consciências. Que entre nós, não haja disputas, e sim discernimento. Que o consumo seja solidário, responsável e sustentável e assim possamos pisar no freio da produção de venenos, de equipamentos e de ideologias, que nos matam. Que seja devolvido a nossa mãe terra o direito de cuidar de seus filhos sem exceção, Que eu possa agir sem cobrar nada de ninguém.


ENQUANTO ISSO

Copa na África do sul
Aos sons das vunvuzelas
Disparam as bombas,
Aos gritos da galera
É gol do Brasil.

Agonizam populares
Sofredores nordestinos
Das secas, ou das enchentes
Do ceará, de Pernambuco e de Alagoas,
É gol do Brasil.

Os bares estão lotados
Brasileiros embriagados
Aguarda o próximo combate.
Brasil entra em campo!
O adversário é duríssimo.

O rio Ipojuca, subiu em Pernambuco,
No interior do ceará, falta água pra beber
Em alagoas, o rio Paraíba nas alturas.
Debaixo d'água, ou na sequidão,
Delira a população.

Perdendo a dignidade
Transforma-se, em ser vício.
Entre estrago e mortes
Milhares de desabrigados
Sedentos de justiça.

Sociedade privada,
Seleção priorizada.
Que me importa a copa
Se os copos que me matam,
As sedes na seca secaram.

Reginaldo Figueiredo

Reginaldo Figueirêdo